Star Wars: The Force Unleashed II

A eletrizante saga Star Wars nos surpreendeu há dois anos com ‘The Force Unleashed’, um jogo de ação que revelava o inesperado início da rebelião contra o império de Palpatine e apresentava o megapoderoso aprendiz secreto de Darth Vader, Starkiller. Além de ter sido um jogo decente, ‘The Force Unleashed’ nos mostrou um lado desconhecido do período entre ‘A Vingança dos Sith’ e ‘Uma Nova Esperança’, o último filme que fala sobre as origens da saga e o primeiro da verdadeira trilogia.


Não quero revelar muito sobre a trama, porque metade da graça do jogo era descobri-la. Mas toda essa história secreta só podia terminar de duas maneiras: o aprendiz de Vader morria ou não. A opção era do jogador, dependendo de suas ações como Jedi ou Sith, no final do jogo. Isso era o que eu acreditava até agora, já que parece que a decisão foi tomada por uma força muito maior que a inventada por George Lucas, a força do mercado.

Starkiller está vivo! O aprendiz já nada secreto de Anakin Skywalker protagoniza a sequência apropriadamente chamada de ‘Star Wars: The Force Unleashed II’ (‘TFU II’, a partir de agora, para encurtar), que será lançada no final de outubro. Bom, tecnicamente ele não está vivo, mas seu clone foi recriado em ‘Kamino’ e clama por encontrar a si mesmo e descobrir sua própria identidade com as poucas lembranças fragmentadas que lhe restam. É pelo menos intrigante como história, que deve ser outra vez um dos pontos fortes do jogo.

Pelo lado das novidades na jogabilidade, a primeira e óbvia será a possibilidade de usar dois sabres de luz por vez - recurso barato para comprar qualquer fã de Star Wars, o que lamentavelmente funciona muito bem comigo. Também haverá novos poderes da Força, como o famoso truque mental Jedi, que serve para convencer as tropas inimigas a atacar seus aliados e para fugir de restaurantes sem pagar a conta. Essa última possibilidade continua misteriosamente ausente do jogo, mas temos esperanças.

‘TFU II’ introduz veículos à frota original. Como todo bom filho irresponsável (adotado nesse caso), Starkiller rouba o Tie Advance de Vader e roda com ele em pelo menos uma sequência. Não espere uma garagem cheia de naves, mas, sim, uma ou outra sequência curta de carros, para diluir um pouco a ação e agregar variedade ao jogo.

O sistema de targeting automático utilizado no primeiro jogo, e que trouxe tantas dores de cabeça, foi substituído por um muito mais inteligente, já que, no original, escolher que objeto usar com a Força era mais questão de sorte do que de manha. Com esse pequeno ajuste e um Starkiller que não desliza tão facilmente pelo piso como antes, tudo parece indicar que a história terá um gameplay muito mais prazeroso.

Mas o verdadeiro ponto forte de ‘TFU II’ é a promoção cruzada com o mítico ‘Monkey Island’. Ninguém menos que Guybrush Threepwood, um valente pirata (espacial nesse caso), poderá caçar dois sabres de luz e sair matando tropas do império, graças a um delicioso skin para substituir o protagonista.